Autopeças: México deve passar a Alemanha e preocupa o Brasil
— País poderá se tornar o quarto produtor mundial até 2018
— Exportações para o Brasil aumentaram 87% em dois anos
Com os novos investimentos no setor automobilístico, o México pode avançar para o quarto lugar mundial como produtor de autopeças e ultrapassar a Alemanha em um período de cinco anos.
O país vai faturar 100 milhões de dólares – 25% a mais do que hoje, segundo Oscar Albin, presidente da Indústria Nacional de Autopeças do México. No entanto, segundo ele, isso só deve acontecer se o mercado interno se fortalecer para atender a demanda do país.
Hoje o ranking de produtores mundiais de autopeças é liderado pela China, seguida pelo Japão, Estados Unidos e Alemanha. Em 2012, o México superou a Coreia do Sul como fabricante de peças e foi do sexto para o quinto lugar, com um volume recorde de 75 milhões de dólares.
Quem está preocupado com a ascensão do México no setor é Paulo Butori, presidente do Sindipeças, entidade que congrega os fabricantes no Brasil. O dirigente informou que o Brasil ampliou em 87% a compra de peças mexicanas nos últimos dois anos, situação que preocupa a indústria nacional.
As exportações de peças mexicanas para o Brasil aumentaram de US$ 287 milhões em 2010 para US$ 381 milhões em 2011 e US$ 537 milhões em 2012. No ano passado, os governos dos dois países reavaliaram o acordo automotivo e fixaram cotas para o intercâmbio de veículos. Mas o entendimento excluiu as peças.
Segundo Paulo Butori, a indústria instalada no Brasil leva desvantagem em dois lados. Primeiro, em relação ao câmbio, que tem favorecido as importações, e depois (ao contrário de dez ou 15 anos atrás, quando o parque de componentes mexicano "era fraquinho") o setor vive hoje os efeitos de investimentos realizados com apoio de fabricantes de veículos dos Estados Unidos, disse Butori.
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