Caminhão autônomo faz o “trabalho sujo” no fundo da mina
– Volvo testa FMX na Suécia há 1000 metros abaixo do solo; tecnologia é avaliada em aplicação severas
Antes de rodar por aí para levar madame para fazer compra, o veículo autônomo terá tarefas bem mais nobres. Muitos autônomos já estão prontos para rodar e os primeiros testes são justamente em situações de risco; situações em que a operação humana é difícil e desgastante. Protótipos de tratores que andam sozinhos, por exemplo, já trabalham na lavoura, monitorados por controle, evitando que o homem faça trabalho pesado, repetitivo e insalubre.
A cada experiência o veículo autônomo dá mais um passo para o seu desenvolvimento. A Volvo acaba de colocar em teste o caminhão autônomo FMX em operações regulares na mina de Boliden, em Kristineberg, norte da Suécia, para avaliar o comportamento da tecnologia em áreas de aplicação severas com limitações geográficas, testes feitos a 1000 metros abaixo do solo.
"Com a operação em Boliden, o desenvolvimento de veículos autônomos entra numa nova fase. É a primeira vez que veículos autônomos são testados em operações regulares subterrâneas, e os resultados serão valiosos para nossa missão de transformar descobertas técnicas em benefícios para clientes," disse Claes Nilsson, presidente da Volvo Trucks.
A expectativa é que os caminhões autônomos podem proporcionar uma contribuição significativa para o aumento da eficiência nos transportes, principalmente em áreas como minas, portos, ambientes controlados, com restrições geográficas e alta proporção de direção repetitiva.
O Volvo FMX é equipado com a função autônoma e um sistema que incorpora sensores de radar/laser, que serve para monitor a geometria da mina e gerar um mapa da rota que o caminhão. A informação coletada será então usada para regular a direção, a velocidade e as trocas de marchas do veículo. A cada nova viagem, os sensores voltam a escanear a área em volta do caminhão e continuar otimizando tanto a operação quanto a rota. Dois dos sensores estão permanentemente monitorando a área em volta do caminhão. Caso haja uma falha no sistema dos caminhões, eles podem ser operados remotamente da central de gestão de transporte.
Os caminhões operam sem parar e reduzem os tempos de carga e descarga, além de ter menor consume de combustível e menor desgaste do equipamento.
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