Sono ao volante pode matar

A sonolência ao volante é uma das principais causas de acidentes, ao lado da ingestão de bebidas alcoólicas e o uso do celular ao volante.

No Brasil não há estatísticas. Nos Estados Unidos, 16,5% dos acidentes fatais nas estradas envolvem um motorista sonolento.
É um comportamento de risco, mas evitável.

E é isso o que quer um grupo de entidades, como a Academia Brasileira de Neurologia, a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo e a Artesp, Agência de Transporte do Estado de São Paulo.

Elas estão lançando nesta sexta-feira, dia 24 a campanha Não dê carona ao sono, com o objetivo de alertar o motorista sobre o problema e reverter esse hábito comum nas estradas brasileiras, que é dirigir com sono.

Os motoristas serão avaliados e alertados sobre o risco de problemas como apneia de sono e outras condições que possam aumentar as chances de acidente.
O tema nunca foi discutido a fundo no Brasil, mas é um tremendo problema de saúde pública.

O Dr. José Heverardo da Costa Montal, presidente da Associação de Medicina no Trânsito, disse que o sono ao volante deve ser encarado como um vilão.
"Se o indivíduo é privado de sono ou é portador de um distúrbio, tem chance muito maior de causar um acidente, próximo ao que acontece com o álcool", alertou.

Os horários habituais para esse tipo de ocorrência são entre meia-noite e as seis da manhã e entre as 2 e 4 horas da tarde, períodos em que o corpo humano apresenta maior propensão ao sono.

O acidente de trânsito é a principal causa de óbito na faixa de 15 a 29 anos de idade.