De “um ano sombrio” para a pior crise da história
Ao lamentar queda de vendas em 2019, fabricantes nem imaginavam que iriam enfrentar uma crise como a do coronavírus
A Oica, Organização Internacional dos Construtores de Automóveis, da qual a Anfavea é associada, relatou em comunicado que, depois de "um ano sombrio" em 2019, quando houve um declínio de mais de 5% na produção mundial de veículos (em 2019), o setor enfrenta uma situação pior ainda em 2020, por causa da crise provocada pelo coronavírus.
O mundo produziu no ano passado 91,8 milhões de veículos automotores, contra 96,5 milhões em 2018, interrompendo um período de dez anos de crescimento.
Ninguém imaginava que estava por vir o que a Oica classifica como "a maior crise que já impactou a indústria automobilística na história".
Logo em janeiro, o maior parque industrial do mundo, na China, foi quase totalmente paralisado, reduzindo a produção de veículos e de autopeças e impactando os negócios em todo o mundo.
Em seguida, outros países produtores, de carros e peças, foram afetados.
Os fabricantes se comprometeram em manter seus funcionários e clientes protegidos, "respeitando integralmente e até excedendo as medidas governamentais de restrição ou confinamento e, em vários países, ajudando as pessoas afetadas pelo vírus, com a criação de projetos humanitários que variam desde a produção de respiradores até a facilitação do transporte de emergência e de serviços médicos", salientou Fu Binfeng, presidente da entidade.
A associação informa que está pronta para iniciar o complexo processo de retomada da produção e das vendas, assim que a crise terminar.
A Oica reúne as associações de fabricantes de veículos de 37 países, incluindo todos grandes fabricantes de automóveis na Europa, Américas e Ásia e é credenciada pela Organização das Nações Unidas.
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