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Para Habib, mercado pode cair, mas Jac sobrevive

Joel Leite

07/04/2014 17h18

— Marca lança J3, hatch e sedã, com motor 1.5 flex

O consumidor brasileiro não está muito confiante com a sua situação financeira, isto é, ele não se sente estabilizado com o mercado e não acredita que o seu salário possa ter um bom reajuste. Por isso, ele decide não fazer grandes investimentos, como comprar um carro ou financiar a casa própria.

Essa foi a avaliação que Sérgio Habib, presidente da JAC do Brasil fez do mercado brasileiro na entrevista que deu na manhã desta segunda-feira, em São Paulo, durante o lançamento do J3 flex nas versões hatch e sedã.

Sérgio Habib acha que o mercado vai, na melhor das hipóteses, manter o volume registrado no ano passado, de 3.767.370 unidades, mas pode cair até 3% ou vender 113 mil carros a menos.

Mesmo com esta previsão ruim para o mercado, Sérgio Habib acredita que a Jac manterá o volume de vendas do ano passado, que foi de 16 mil unidades. Mas se o mercado para e a Jac cresce, quem vai perder? Na visão de Habib, as grandes – Fiat, GM, Volkswagen e Ford – devem continuar perdendo espaço para as pequenas.

Melhorar para manter

Depois de três anos no mercado a JAc se rende à preferência do brasileiro pelo flex e passa a equipar seus dois modelos mais vendidos com o sistema bicombustível. Pelo menos os carros já vieram com o sistema que elimina o tanquinho de gasolina para dar a partida.

O sistema foi desenvolvido em parceria com a Delphi. O novo motor 1.5 Jetflex tem 125 cv a gasolina e 127 a álcool, acelera de 0 a 100 km/h em menos de 10 segundos, a máxima exata não foi revelada: "chega perto dos 200 km/h". O câmbio é manual de cinco marchas.

O J3 S e o J3 S Turin vêm com EBD, vidro elétrico nas quatro portas, travas elétricas, retrovisor elétrico, faróis de neblina, volante com regulagem de altura, rodas de liga leve, ar-condicionado, direção hidráulica, rádio mp3 com entrada para CD e USB. O único opcional que os dois modelos oferecem é o kit multimídia, que deixa o carro mil reais mais caro.

Internamente as novidades são a costura no volante, nova cor (vermelha) no painel, novos pedais e soleira.

A Jac espera vender 500 unidades por mês, sendo metade do J3 S e metade do J3 S Turin. O J3 S vai custar R$ 39.990,00 e o J3 S Turin R$ 41.690,00.

As obras na fábrica da Jac em Camaçari, na Bahia, começam em 30 dias. O primeiro modelo a ser produzido no Brasil terá uma versão equipada com o câmbio CVT.

Joel Silveira Leite

Joel Silveira Leite é jornalista e pós graduado em Semiótica e Meio Ambiente. Diretor da Agência AutoInforme, responde pelos sites AutoInforme e EcoInforme. Apresenta o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes, Band News e Sulamérica Trânsito. É colunista em várias publicações.

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