Grandes culpam crise, mas sequer acompanham o mercado
— Marcas tradicionais tiveram queda de vendas acima dos 9,5% do mercado; sete marcas crescerem mais de 20% até agosto
As montadoras tradicionais, donas de poderosos lobbyes junto ao governo, reclamam da retração vivida pelo mercado de carros, que até agosto registrou queda de 9,5% nas vendas no mercado interno, pedem manutenção do desconto do IPI e reclamam outros incentivos. Mas não fazem a sua parte: as quatro marcas tradicionais aumentaram os preços dos seus carros este ano e tiveram uma queda de vendas acima da média do mercado (-9,5%) no período janeiro a agosto.
A Volkswagen foi, entre as grandes, a marca que mais perdeu: vendeu 375.964 unidades de janeiro a agosto, contra 440.507 no mesmo período do ano passado, uma queda de 14,7%.
A GM vendeu 13,5% a menos (3698.190 unidades contra 425.588 no ano passado), a Ford deixou de vendar 28,3 mil carros, ou 12,9% a menos (190.786 este ano e 210.109 de janeiro a agosto de 2013) e a Fiat teve queda de 10,9% nas vendas este ano, passando de 513.299 unidades para 457.113 neste ano.
Se está difícil pra todo mundo, algumas marcas conseguiram dar a volta por cima e crescer mesmo nesses tempos difíceis.
Das quarenta marcas que disputam a preferência do consumidor brasileiro, 14 aumentaram as vendas este ano, em relação ao período janeiro-agosto do ano passado. Marcas de todas as matizes: de pequeno e de grande volume de vendas, chinesas e européias, de carros básicos e de luxo, num sinal de que o crescimento das vendas não é resultado de situações específicas de uma parte do mercado, mas sim de competência e estratégia comercial.
E sete delas aumentaram as vendas em mais de 20% em relação a janeiro agosto do ano passado.
Entre as marcas que mais cresceram este ano está a pequena e novata Lifan, que passou de 899 unidades nos primeiros oito meses do ano passado para 2.869 este ano; a luxuosa Audi, que cresceu nada menos que 80% (de 4.350 para 7.836) e também marcas de grande volume, casos da Toyota e da Hyundai, ambas entre as sete mais vendidas no País. A japonesa, que até agosto do passado vendeu 113 mil carros, fechou o período este ano com 118.527 unidades, enquanto a Hyundai cresceu de 135.342 para 148.918, um aumento de 10%.
A Chery foi outra com crescimento expressivo, + 47,8%, com vendas de 5.811 unidades até agosto. Míni (+30,8%), BMW (+4,3%) e Mercedes-Benz (+2,9%), também apresentaram aumento de vendas no período em que o mercado total teve queda de 9,5% nas vendas.
Seis marcas perderam participação, mas perderam menos do que a média do mercado (veja tabela), enquanto outras 16, além das quatro grandes, tiveram um desempenho ainda pior do que a média do mercado.
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