Previsão é de cinco anos para superar a crise
Deixarão de ser produzidos 3,5 milhões até 2025
Diante da quinta grande crise vivida pela indústria automobilística em trinta anos, os fabricantes avaliam o quanto será o estrago desta vez. Com base no que o mercado apresentou até agora, a previsão é de uma recuperação em cinco anos, ou seja, somente em 2025 é que os números de produção e vendas chegarão aos níveis de 2019, que teve 2.658.907 unidades de carros e comerciais leves vendidos no mercado interno. O resultado seria a "perda" de 3,5 milhões de carros com a crise do coronavírus, isto é, o volume que deverá de ser produzido.
Com base nas consequências nas quatro crises anteriores até que a previsão desta vez é otimista. Isso porque, os fabricantes esperam uma recuperação a partir de 2021 com 11% de crescimento ao ano até 2025, o mesmo ritmo registrado na crise de 2015, quando o mercado teve uma queda de 41%. Desta vez a queda é de 40%.
Essa avaliação, portanto, é da melhor hipótese, pois nas duas primeiras crises a recuperação foi bem mais lenta. Em 1980 o mercado caiu 51% e a recuperação foi de 5% ao ano; na crise seguinte, em 1987, a queda foi menor, 33%, e a recuperação ligeiramente melhor, 7%/ano e em 1998 as vendas caíram 35% e o ritmo de recuperação foi de 6% ao ano.
Considerando uma hipótese mais pessimista, com a volta do crescimento em 5% ao ano a partir de 2021, a recuperação do mercado só ocorrerá em 2030.
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