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Apesar do incômodo quarto lugar no ranking brasileiro e correndo o risco de perder a posição para a Renault, a Ford está feliz da vida com os cerca de 10% que mantém já faz uma década.

O risco de perder a quarta posição no entanto, é infinitamente maior do que conquistar o terceiro lugar. Mesmo assim, Oswaldo Ramos, gerente geral de Marketing da Ford, diz que "todo mundo gostaria de estar dez anos com a mesma participação", referindo-se às três grandes do mercado – Fiat, Volkswagen e GM – que perderam participação nesse período.

Pela análise de Oswaldo, os 10% devem permanecer por um bom tempo, mas para ele há uma explicação para isto:

"A Ford não tem apenas um carro de grande volume, como acontece com outras montadoras, que fazem muita venda para frotistas. Nós temos participação em todos os segmentos e os 10% nos permite uma boa escala de produção, o que nos deixa muito bem", garantiu o gerente de marketing.

Segundo Oswaldo Ramos, o negócio da Ford é vender com escala para ser competitiva, mas ter lucro, sem se preocupar em ter um modelo campeão de vendas.

Quando se fala em lucro, Oswaldo Ramos lembra que "o preço de um carro não é feito pelo seu custo, mas sim pela sua posição no mercado e estamos bem posicionados. Novos concorrentes virão e hoje nós só vamos nos viabilizar se pensarmos em termos globais. É o que fazemos".

A Ford fechou 2011 com 10,5% das vendas, mas neste ano – janeiro a julho – caiu para 9,3%, provavelmente por causa da queda na procura pelo Ecosport velho, que saiu de linha. Desde o anúncio da chegada do modelo novo o carro perdeu espaço no mercado, dando oportunidade para que o seu principal concorrente avançasse no ranking (veja a briga entre Ecosport e o Renault Duster este ano), a ponto de vender 4.185 unidades no mês passado, contra 2.155 do Ecosport.

Neste mês, a Ford caiu ainda mais, tem apenas 7,9% das vendas, enquanto a Renault atingiu 6,4%.

Veja o comparativo de vendas EcoSport x Duster

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