Na apresentação do balanço de vendas de julho nesta sexta-feira, o presidente da Fenabrave, a associação dos revendedores, Flávio Meneghetti, confirmou o recorde no ano, que a AutoInforme revelou ontem (veja matéria). Foram vendidas no mês 323.916 unidades, um crescimento de 7% em relação a junho, mas queda de 7,8% em relação a julho do ano passado.

Como dificilmente as vendas no segundo semestre vão acompanhar as verificadas no mesmo período do ano passado, a expectativa é de que as vendas no acumulado do ano continuem caindo mês a mês até outubro. Essa expectativa, mais o indicador de um PIB abaixo dos 3% inicialmente previsto (a previsão agora é de 2%), fizeram o dirigente baixar a previsão de venda de carros de 3% para 1% no ano.

Segundo Flávio Meneghetti agosto será um indicador importante para determinar o ritmo de vendas no segundo semestre. De qualquer forma, a expectativa do dirigente é de um fim de ano de boas vendas.

Ele acredita que nos meses de novembro e dezembro haverá uma corrida às revendas porque o consumidor vai antecipar a compra para não pagar mais caro em janeiro quando, segundo ele, o governo vai voltar a cobrar o IPI integral nos carros de passeio e comerciais leves.

O mês de julho fechou com estoque de 45 a 48 dias nas concessionárias, um índice bem superior ao considerado ideal, que seria de 25 a 33 dias. Isso quer dizer que o varejo deverá fazer muitas campanhas para a desova do estoque, o que pode beneficiar o consumidor.