Usado, a opção em tempos de crise
Joel Leite
02/07/2015 17h28
Enquanto as vendas de carros novos estão em queda livre (este foi o pior primeiro semestre dos últimos dez anos), o mercado de usados se mantém vigoroso.
Qual a razão dessa aparente distorção?
Diante das incertezas da economia, o consumidor deixa de investir num carro zero e compra um usado. Uma sábia decisão: do ponto de vista financeiro o carro usado é sempre a melhor opção de compra. Além de se livrar das despesas de licenciamento, IPVA, seguro obrigatório e emplacamento, o consumidor estará adquirindo um produto já depreciado, portanto mais barato.
O estudo de Depreciação da Agência Autoinforme indica que o carro perde, em média, 15% do seu valor após um ano de uso. Após dois anos chega aos 25%. Nada mal comprar um seminovo, muitas vezes pouco rodado e em boas condições, com um "desconto" desses.
Um Citroën C3 Exclusive 1.6 automático é vendido no mercado de novos por R$ 60 mil. Usado, modelo 2014, cai para R$ 47,2 mil.
Já um Toyota Etios hatch X com motor 1.3 cai de R$ 37,6 mil (zero quilômetro) R$ 29 mil (modelo 2013).
Se a opção for por um carro que teve mudanças significativas na nova geração, o preço do usado é ainda mais vantajoso: enquanto o Renault Fluence Dynamique 2.0 CVT OK custa R$ 71,2 mil, o modelo 2012 pode ser encontrado por R$ 42 mil, conforme cotação Molicar.
Muita gente gosta de estar na moda, o sujeito quer ser o primeiro a rodar por aí com o mais recente lançamento: vai pagar caro por isso. As filas de espera do Honda HR-V e do Jeep Renegade comprovam isso.
Mas a maioria pensa no custo benefício e por isso, nesses tempos de crise, o carro usado é uma ótima opção.
Joel Silveira Leite
Joel Silveira Leite é jornalista e pós graduado em Semiótica e Meio Ambiente. Diretor da Agência AutoInforme, responde pelos sites AutoInforme e EcoInforme. Apresenta o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes, Band News e Sulamérica Trânsito. É colunista em várias publicações.
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