– Carros com até três anos tem a preferência do consumidor: segmento cresceu 24,2% este ano

O carro seminovo é a opção do brasileiro em tempos de crise. A falta de confiança no futuro da economia faz o consumidor fugir do carro zero e buscar um usado modelos 2013 a 2015.

No ano passado o consumidor já usou desse expediente e o resultado foi um crescimento espantoso de vendas de carros seminovo o (33,6%) diante de uma queda de 25,6% no setor de OK.

Neste ano o fenômeno se repete: dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Fenauto, que reúne os comerciantes de carros usados, revelam que o segmento dos seminovos continua aquecido, com vendas crescendo mais de dois dígitos.

Enquanto a venda de novos apresentou queda de 31% no primeiro bimestre do ano e a de usados em geral caiu 4,3%, o segmento de seminovos teve alta de 24,2%, com 666.509 unidades comercializadas, incluído carros, comerciais leves, caminhões, ônibus e motocicletas. No mesmo período do ano passado o número de seminovos transferidos foi de 536.466.

A opção do consumidor pelo seminovo é inteligente também do ponto de vista financeiro. É nos três primeiros anos que o carro tem a maior depreciação, portanto, o comprador encontra nesse segmento um produto mais barato e relativamente novo.

Considerando todo no mercado de usados, foram vendidas no período janeiro-fevereiro 1.885.172 unidades.

O Gol é o carro mais vendidos no mercado de usados, com 69.662 unidades e a picape Strada é o comercial leve mais vendido, com 17.962.

Ilídio dos Santos, presidente da Fenauto, diz que está acompanhando com atenção e cautela os movimentos de mercado, uma vez que a incerteza ainda é bastante presente junto aos clientes.

"Ainda não temos claras quais serão as perspectivas que irão nortear a economia neste ano e, justamente por isso, temos essa percepção de que o consumidor ainda está muito cauteloso de assumir um financiamento com a compra de um veículo", disse o dirigente.

Veja a lista dos carros e comerciais leves mais vendidos em fevereiro