Brasil é mais da metade das exportações da JAC
— País responde por 55% das vendas da marca chinesa no mundo e é o foco mais importante para a expansão da empresa no exterior.
A importância da operação brasileira nos negócios da matriz chinesa da JAC Motors foi mostrada ontem durante a apresentação da empresa para o Salão do Automóvel de Pequim, aqui na capital da China. An Jin, presidente da JAC, destacou as boas vendas da marca no Brasil – que no ano passado chegou a 35 mil unidades – anunciou o lançamento do motor E100 – o flex desenvolvido aqui e que vai equipar o J3 no segundo semestre – e ouviu perguntas de jornalistas chineses sobre questões do mercado brasileiro, que mostraram conhecimento do que ocorre no País. Um dos jornalistas quis saber porque a SHC, importadora da marca no Brasil, não aumentou os preços dos carros depois do aumento do IPI extra de 30 pontos percentuais.
Foi Sergio Habib, presidente da importadora, quem respondeu: disse que reduziu a margem de lucro e teve o "suporte" da matriz, numa indicação de que a China baixou os preços dos carros enviados ao Brasil. "Por isso – salientou – nossa expectativa é de manter um volume de vendas entre 35 mil e 40 mil unidades para2012".
Mesmo assim, o presidente da JAC Motors da China disse que o mercado brasileiro é importante porque está tendo um crescimento muito rápido e que "é muito bom de preço". An Jin disse que está feliz com o acordo que propiciou a construção da fábrica no Brasil, que terá investimentos de U$ 400 milhões, sendo 80% da SHC e 20% da China. Ele acha que a operação vai consolidar a presença da marca no exterior e que vai ajudar a expandir o mercado mundial da empresa. "O mercado brasileiro será o foco mais importante para a expansão da empresa no exterior", resumiu o dirigente.
Numa outra abordagem, An Jin admitiu indiretamente que a questão da qualidade dos carros chineses é um problema que ainda precisa ser resolvido. Um jornalista local perguntou porque os chineses preferem carros de marcas estrangeiras, ao contrário dos japoneses e coreanos, que se orgulham das marcas nacionais e fazem delas a preferência nacional. Ele respondeu que, de fato, é preciso trabalhar mais na qualidade dos produtos nacionais para que os compradores optem pelas marcas chinesas.
A JAC é a segunda maior montadora independente da China (que não tem vínculos com empresas estrangeiras), com vendas de 600 mil unidades por ano entre carros, comerciais leves e caminhões. Cerca de 17% das vendas totais de carros é para o exterior, sendo mais da metade (exatamente 55%) para o Brasil, o principal mercado da marca no mundo.
Joel Leite,de Pequim
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