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Sem poluir, Metrô evita gasto de US$ 18 bi em saúde pública

Joel Leite

29/06/2012 15h49

 

 

 

 

 

 

 

 

— Estudo comprova que a circulação do Metrô em São Paulo diminui os poluentes do ar, e evita gastos no setor da saúde.

Caso o Metrô de São Paulo deixasse de funcionar durante um ano, a concentração de poluentes na capital aumentaria 75% e as mortes causadas por problemas cardiorrespiratórios cresceriam entre 9% e 14%. Isso representaria um custo de US$ 18 bilhões ao município.

A estimativa feita por pesquisadores da Unifesp comparou o nível de poluição no ar em dias normais e em dias de greve de metroviários. Depois verificou as mortes adicionais nos dias de paralisação a partir da concentração de poluentes.

Os pesquisadores compararam resultados obtidos em análises feitas em 2003 e 2006. "Escolhemos dois eventos de greve que duraram 24 horas, um no ano de 2003 e outro em 2006. Avaliamos então a concentração de poluentes nos dias antes, durante e depois da greve" explica Simone Georges El Khouri Miraglia, coordenadora do estudo.

A concentração de poluentes em 2003 foi maior que a registrada três anos depois, hipoteticamente devido a renovação da frota de veículos da capital que são menos poluentes. O custo das mortes por doenças cardiorrespiratórias diminuiu de US$ 50 milhões para US$ 36 milhões.

Com base nesses resultados, os pesquisadores fizeram uma estimativa do custo para a saúde caso o metrô ficasse um ano inteiro sem funcionar. "Pegamos os dados e multiplicamos por 365 dias. O resultado foi de US$ 18 bilhões", concluiu a pesquisadora.


 

Joel Silveira Leite

Joel Silveira Leite é jornalista e pós graduado em Semiótica e Meio Ambiente. Diretor da Agência AutoInforme, responde pelos sites AutoInforme e EcoInforme. Apresenta o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes, Band News e Sulamérica Trânsito. É colunista em várias publicações.

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