O Leo está de volta, impecável aos 70
Segunda-feira meio feriado, cidade vazia, sem trânsito, ideal para um chope.
Ops, será que o Leo, o tradicional boteco no bairro de Santa Ifigênia, sobreviveu ao controle dos acionistas do Bar Brahma?
Reconfortante surpresa: o Leo retorna depois de alguns meses de refluxo absolutamente inalterado. As velhas mesinhas com estrutura de ferro e tampo redondo de madeira ou de alumínio com tampo de fórmica.
Nada como tomar um chope na calçada, na esquina na esquina das ruas Aurora e Andradas. Gelado, cremoso, não dá nem pra reclamar que o copo vem com mais da metade de colarinho.
O Leo resistiu ao modernismo e mantém as tradições. Você toma o chope no meio das andanças de pedestres, moradores do local, imigrantes chineses e bolivianos, travestis, catadores de lixo, vendedores de bilhetes, mães de santo.
Sérgio, o gerente, diz que, entre os sócios, venceu a proposta de manter a tradição de 70 anos, portanto nada mudou. E a resposta veio logo: em menos de três meses, o Leo está vendendo uma média de dez barris por dia, ou 2.100 canecos do saboroso líquido.
O impressionante é a média de consumo: 30 chopes per capita, garante Sérgio.
Fiz o meu ritual: acendi um puro na Tabacaria Reis, alí no 125 da Rua dos Timbiras, enrolado pelas mãos mágicas do ex-titular da fábrica do Cohiba, em Cuba, que passou a ter a sua própria produção na mesma região de Pina Del Rio, onde se faz o melhor charuto do mundo: o preço é uma pechincha perto do que custa um Cohiba, mas tem a mesma qualidade.
Outra boa notícia na volta do Leo: tradicionalmente encerrando as atividades às sete da noite, agora ele ficará aberto até as 22hs, pra matar a sede dos 14 mil estudantes que frenquetarão a Escola Técnica do Estado, ali em frente, que começa a funcionar em janeiro. Haja chope!
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