Os importados perderam o chão
— Vendas despencam e Inovar Auto estimula novas fábricas
— Só operação no Brasil interessa; importar será quase proibitivo.
O Super IPI aplicado para carros de empresas sem fábrica no Brasil fez de 2012 um ano trágico para algumas marcas, que perderam participação – em alguns casos venderam metade do volume de 2011 -, fecharam pontos de venda, reduziram investimentos e refizeram planos para o País.
Como saldo positivo, algumas dessas importadoras iniciaram a construção de fábricas no Brasil e em breve serão nacionais, beneficiando-se das vantagens do programa Inovar Auto. Na verdade, as três empresas que já iniciaram a construção de unidades no Brasil já haviam decidido pela nacionalização antes do governo anunciar o aumento de 35 pontos percentuais do IPI , em setembro de 2011: JAC, Chery e BMW.
Outras marcas, como Suzuki, Land Rover, Volvo, Audi, Haffei e Changan anunciaram a intenção de fabricar aqui após a edição do Inovar Auto, que acabou inviabilizando as marcas que optarem apenas pela importação.
Antes disso, importadoras de caminhão anunciaram a intenção de fabricar no País: Schacman (da China, em Recife), Sino Truck (da China, no Paraná) e a holandesa DAF.
As vantagens oferecidas pelo Inovar Auto são compensadoras e imediatas. Basta a empresa anunciar a construção da fábrica e fazer uma estimativa de produção e ela terá o desconto dos 30% de IPI em 50% do volume previsto de produção quando a fábrica ficar pronta.
As marcas mais prejudicadas com a sobretaxação do IPI foram as coreanas Kia e Hyundai e as chinesas Chery e JAC, justamente as que estavam vendendo em grande volume e incomodando as velhas montadoras.
A Kia, que em 2011 vendeu 77.036 unidades, teve uma queda de quase 50%. A Hyundai caiu 10% a menos do que as 114.871 unidades negociadas em 2011.
Chery e JAC, que protagonizaram "a invasão chinesa que poderia levar a indústria brasileira à bancarrota", reduziram a margem e continuam vivas, ambas com projetos da fábrica no Brasil e portanto agora beneficiadas pelo novo regime automotivo.
A participação da Chery caiu de 0,6% para 0,4% e a da JAC de 0,7% para 0,5%.
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