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Estrangeiros se rendem ao motor flex

Joel Leite

30/04/2013 16h38

— 23 carros importados, de dez marcas, aderiram ao bicombustível: chegam ao Brasil preparados para usar álcool e/ou gasolina.

Basta uma pequena mudança na relação de preço entre álcool e gasolina e muita gente volta a questionar a oportunidade do carro flex. Mas, ao contrário do carro a álcool – que deixou o consumidor refém dos usineiros e do governo – o bicombustível deu a independência ao dono do carro, que pode optar a cada momento pelo combustível que deseja.

O acerto dessa tecnologia se reflete no número de modelos que são oferecidos com motor flex. Além de todo carro de passeio fabricado no Brasil, muitos importados passaram a disponibilizar essa tecnologia, para disputar com mais chances a preferência do consumidor.

Além de toda a gama de modelos, de várias marcas, produzidas na Argentina para o mercado brasileiro, pelo menos 23 carros vindos de fora do Mercosul disponibilizam o motor flex, desenvolvido e produzido especialmente para o mercado brasileiro. No total, dez marcas passaram a montar parte da produção dos seus carros com o motor flex para exportá-los para o Brasil.

E a opção não está restrita ao segmento de entrada. Logo no início da disseminação dessa tecnologia, muitos executivos questionaram o uso do motor flex em carros de categoria média e grande, argumentando que o consumidor de maior poder aquisitivo não estaria preocupado com a economia de combustível que o uso do carro flex proporciona, uma vez que o motorista pode optar pelo combustível mais barato.

O que se vê hoje, no entanto, são carros médios, utilitários esportivos e picapes com opção de motor bicombustível.

A Nissan é a marca com o maior número de carros com motor bicombustível vendido no Brasil. São cinco, todos produzidos no México: March, Sentra, Tiida hatch, Tiida sedã e Versa. A Kia equipa quatro modelos na Coréia especialmente para o mercado brasileiro: Picanto, Soul, Cerato e Sportage.

A Ford tem três modelos importados com motor flex: o Fusion, que vem do México com motor fabricado nos Estados Unidos e o New Fiesta (nas versões hatch e sedã), que agora passa a ser fabricado no Brasil.

A Hyundai também se rendeu à tecnologia brasileira, equipando com o motorflex o i30, o utilitário esportivo iX35 e o sedã Elantra.

O Sonic, que a GM importa da Coreia, também chega com motor bicombustível nas duas versões: hatch e sedã. E três chineses atravessam o mundo equipados com motor flex exclusivamente para serem vendidos no Brasil: o pequeno QQ, da Chery, e os JAC J3 hatch e o J3 Turin.

A Volkswagen colocou a tecnologia no Jetta, a Fiat no Cinquecento e a Honda no utilitário esportivo CR-V.

Veja os estrangeiros que se renderam ao motor flex:

Nissan: March, Sentra, Tiida hatch, Tiida seda, Versa

Kia: Picanto, Soul, Cerato, Sportage

Ford: Fusion, New Fiesta hatch. New Fiesta sedã,

Hyundai: I30, IX35, Elantra

GM: Sonic hatch e Sonic sedã

JAC: J3 hatch, J3 Turin

Volkswagen: Jetta

Chery: QQ

Fiat: 500

Honda: CR-V

Fonte: AutoInforme

 

Joel Silveira Leite

Joel Silveira Leite é jornalista e pós graduado em Semiótica e Meio Ambiente. Diretor da Agência AutoInforme, responde pelos sites AutoInforme e EcoInforme. Apresenta o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes, Band News e Sulamérica Trânsito. É colunista em várias publicações.

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