Europeus preferem marcas locais
— Alemães, franceses e italianos são os mais "bairristas".
É natural que o consumidor prefira comprar produtos do seu próprio país, mesmo quando o importado não é taxado, gozando dos mesmos benefícios do produto local.
Na Europa é comum: as marcas francesas são as mais vendidas na França, assim como os carros alemães são os preferidos na Alemanha e os italianos na Itália. O mesmo acontece em outros países, até mesmo na Espanha, que tem apenas uma marca "nacional", a Seat, que na verdade é do grupo Volkswagen.
O fenômeno é universal. Até nos Estados Unidos, teoricamente o mercado mais aberto do mundo, os veículos mais vendidos são estadunidenses, apesar que, no segmento dos carros de passeio os japoneses já tomam conta do país.
E mesmo no Brasil se nota regionalismos do tipo: a Fiat tem 22% do mercado nacional, mas cresce para 32% em Minas Gerais, estado onde mantém a fábrica; a GM é líder no Rio Grande do Sul, onde tem a fábrica do Celta, e a Volkswagen vence a disputa no Paraná (23% das vendas), onde mantém a unidade de São José dos Pinhais.
Comprando o produto que está mais próximo, geográfica ou culturalmente, o consumidor tem um sentimento de controle maior da situação, fica numa zona de conforto.
Na Europa, é curioso como as montadoras dominam o mercado em seus países de origem.
Na Alemanha, as quatro montadoras nacionais – Volkswagen, Mercedes-Benz, Audi e BMW – são as primeiras colocadas, nesta ordem. Juntas elas são responsáveis por quase metade de todo o mercado alemão (exatamente 47,5% no acumulado de janeiro a agosto).
O ranking por modelos indica um bairrismo ainda maior do consumidor alemão. Nove dos dez carros mais vendidos são de marcas alemãs: os nove primeiros colocados, com liderança do Volkswagen Golf (+ Jetta): são quatro Volkswagen, dois BMW, um Audi e dois Mercedes-Benz (veja ranking).
Já as três francesas – Renault, Peugeot e Citroën – são líderes em seu país. A Renault lidera com 18,6%, seguida pela Peugeot com 16,3% e pela Citroën com 13,4%. A primeira estrangeira é a Volkswagen, quarta colocada com 7,9%. O domínio se estende para o ranking de modelos. As francesas têm nove dos dez carros mais vendidos no país: a Renault tem quatro e mais o Sandero, que na Europa leva a marca Dácia. Tem também o mais vendido na França, o Clio, com 6,9% de participação. A Peugeot tem dois e a Citroën outros dois entre os dez mais. O único estrangeiro é o Golf.
Por ter apenas uma marca nacional de grande volume de vendas, a Itália tem um mercado mais diversificado. Embora dominado pela Fiat, que tem 21,8% das vendas (a Volks, segunda colocada, tem apenas 8%), o ranking tem oito marcas estrangeiras, sendo apenas mais uma italiana, a Lancia, oitava colocada.
No ranking por modelos, os italianos dominam a lista dos cinco primeiros, com quatro Fiat e um Lancia, o líder de vendas é o Panda: tem 7,8% do mercado.
Até a Espanha, que têm apenas uma marca nacional, é "bairrista". A Seat é a mais vendida no país, 8,8%, apenas um décimo de ponto percentual à frente da Volkswagen, que, na verdade, é a proprietária da marca espanhola. A Seat tem também o carro mais vendido, o Ibiza e o Leon na quinta posição.
A exceção à regra é a Grã Bretanha, que não tem nenhuma marca do país entre as dez primeiras no ranking. A Ford é a marca mais vendida no país, com 14,2% e tem também os dois carros mais vendidos: o Fiesta (5,3%) e o Focus (4%).
Veja o ranking de vendas por marca e por modelo de países europeus
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