Coluna de moto: Garupa pode atrapalhar ou contribuir com a boa pilotagem
LEVAR GARUPA na moto exige alguns cuidados. O primeiro é óbvio: o motoqueiro precisa ter mais atenção por estar transportando uma outra vida. Ele se torna responsável pela integridade física do garupa.
Segundo cuidado: um garupa é um peso a mais na moto. Com garupa, a moto fica com sua estabilidade, agilidade e rapidez nas manobras totalmente modificadas – e bem mais difíceis.
Por isso, é aconselhável o motoqueiro, quando levar garupa, recalibrar os pneus de acordo com as especificações do fabricante. Essas especificações estão bem visíveis no chassi, junto à roda traseira.
Se o garupa for do tipo "peso morto", aquele sujeito amigão, meio gordo, que não entende nada de motocicleta e só quer "filar" uma caroninha até ali, a situação fica cruel. A atenção deve ser redobrada.
Na melhor das hipóteses, se o garupa também pilotar motos ele vai atuar positivamente, como um coadjuvante para a pilotagem. Sem problemas.
Terceiro cuidado: a prática exige muita atenção do garupa. Garupas mulheres são mais fáceis de transportar. Elas são mais relaxadas, e "colam" no corpo do motociclista naturalmente. Mas não custa nada dar todas as instruções citadas a seguir ao garupa antes que ele suba na moto.
As principais:
– O garupa nunca deve tirar o pé do estribo e apoiá-lo no solo quando a moto para. Só o motoqueiro é quem faz isso.
– O garupa não deve fazer movimentos bruscos, como virar-se pra olhar alguma coisa.
– Não pode ficar duro como um pedaço de pau: o garupa deve relaxar e procurar deixar-se levar naturalmente pelos movimentos e pelo balanço da moto.
– O garupa deve manter-se firme, segurando com as mãos na cintura do piloto ou na alça traseira da moto, que fica atrás do banco, com os joelhos encostados nas pernas do piloto.
– Também não deve afastar o tronco do tronco do piloto, para que ambos formem uma única massa sobre a motocicleta, o que não atrapalha as manobras e interfere menos na estabilidade.
Marcelo Bartholomei (m.bartho@br.inter.net)
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