Em 50 anos, produtividade subiu de três para 22 carros por trabalhador
— No ano passado cada empregado produziu 22,6 carros. Produtividade já foi maior (veja evolução)
A relação de produção homem/carro nos últimos 50 anos deu um salto monumental. Em 1963, quando a indústria produziu 174.191 unidades, empregava 45.604 trabalhadores, quer dizer: eram 3,8 carros por cabeça. Hoje, são 22,6 carros por trabalhador: dados do ano passado revelam a produção de 3.387.390 carros e comerciais leves para um contingente de 149.543 empregados.
Entre os fatores que contribuíram para esse desenvolvimento destacam-se o aperfeiçoamento dos processos, a automação industrial e o aumento da aquisição fora da fábrica de sistemas automobilísticos
As fábricas passaram, por um processo de melhoria contínua dos procedimentos, constante busca da eficiência e da redução do desperdício (de materiais e de mão de obra).
Os robôs tomaram conta de alguns setores, fazendo os trabalhos mais difíceis e insalubres. Praticamente toda cabine de pintura é operada Por robôs.
E a compra de equipamentos e sistemas inteiros de fornecedores reduziu a mão de obra nas fábricas que antigamente eram muito verticalizadas. Hoje a linha de montagem recebe de fora painéis completos, sistemas de freios, embreagem etc, deixando para os funcionários das fábricas apenas a função de montar o veículo.
Em 1968, com a produção de carros no Brasil em crescimento (279.715 unidades no ano) a indústria empregava 62.953 trabalhadores, cada um responsável por 4,4 carros, média que aumentaria gradativamente nos anos seguintes.
No ano de 1978 a indústria atingiu a marca histórica de 1.071.100 carros produzidos, na época eram 142.653 empregados e cada um era responsável por sete carros.
Em 1981 o crescimento na produção de carros no Brasil sofreu sua primeira grande queda: foram apenas 693.416 unidades (veja tabela e gráfico), com 121.598 empregados, o que fez a média cair de sete para 5,7.
Em 1982 a indústria retomou o crescimento e entregou 796.459 unidades, empregou 124.972 pessoas, quase 3,5 mil a mais do que no ano anterior. A média de produção por pessoa voltou a crescer e ficou em 6,3.
Entre 1982 e 1992 a indústria passou por uma instabilidade na produção, os números subiam e desciam, sem conseguir manter um crescimento contínuo. A média de carros produzidos por pessoa variou entre 5,8 e 7,5 nestes dez anos.
Já entre 1993 e 2003 a produção teve um forte crescimento; em 93 foram produzidos 1.173.300 com 120.635 empregados, que produziram 9,7 carros cada um. Em 94 a produção atingiu 1.321.691, o número de empregados foi para 122.153 e a média de unidades produzidas por cada um ficou em 10,8 (acompanhe da tabela).
2004 foi mais um ano histórico para a produção brasileira, que atingiu a marca de 2.124.177 unidades, contando com 102.082 empregados, a média de carros produzidos por trabalhador deu um salto: foi para 20,8.
Até 2008 a indústria manteve o crescimento e chegou a marca de 3.050.631 carros, com 126.777 empregados e uma média de 24 unidades cada: a indústria precisou contratar mais 20 mil pessoas para atender o crescimento da produção, mesmo com a chegada das tecnologias.
No período entre 2008 e 2012 a indústria manteve o volume acima de três milhões de carros, mas no ano passado houve uma queda com relação a 2011. Foram 3.387.390 em 2012 contra 3.416.468, mas o número de empregados aumentou para 149.543 contra 146.043.
Atualmente a média é de 22,6 carros produzidos por empregado, mas este número chegou a 24,7 no ano de 2009.
Ano | Unidades produzidas | Empregados | Carro por trabalhador |
1963 | 174.191 | 45.604 | 3,8 |
1964 | 183.707 | 46.296 | 4,0 |
1965 | 185.187 | 52.047 | 3,6 |
1966 | 224.609 | 53.093 | 4,2 |
1967 | 225.487 | 48.535 | 4,6 |
1968 | 279.715 | 62.953 | 4,4 |
1969 | 353.700 | 64.267 | 5,5 |
1970 | 416.089 | 70.042 | 5,9 |
1971 | 516.088 | 76.680 | 6,7 |
1972 | 609.611 | 88.282 | 6,9 |
1973 | 729.782 | 106.427 | 6,9 |
1974 | 859.237 | 117.395 | 7,3 |
1975 | 882.947 | 119.644 | 7,4 |
1976 | 924.672 | 128.857 | 7,2 |
1977 | 882.966 | 130.298 | 6,8 |
1978 | 1.011.716 | 142.653 | 7,1 |
1979 | 1.071.100 | 146.976 | 7,3 |
1980 | 1.091.205 | 153.939 | 7,1 |
1981 | 693.416 | 121.598 | 5,7 |
1982 | 796.459 | 124.972 | 6,4 |
1983 | 830.069 | 119.078 | 7,0 |
1984 | 774.708 | 130.056 | 6,0 |
1985 | 879.436 | 145.765 | 6,0 |
1986 | 965.283 | 157.668 | 6,1 |
1987 | 823.534 | 141.408 | 5,8 |
1988 | 966.882 | 138.646 | 7,0 |
1989 | 955.533 | 143.611 | 6,7 |
1990 | 843.429 | 138.374 | 6,1 |
1991 | 861.169 | 124.859 | 6,9 |
1992 | 905.038 | 119.292 | 7,6 |
1993 | 1.173.300 | 120.635 | 9,7 |
1994 | 1.321.691 | 122.153 | 10,8 |
1995 | 1.459.676 | 115.212 | 12,7 |
1996 | 1.632.135 | 111.460 | 14,6 |
1997 | 1.861.201 | 115.349 | 16,1 |
1998 | 1.429.860 | 93.135 | 15,4 |
1999 | 1.289.977 | 94.472 | 13,7 |
2000 | 1.605.848 | 98.614 | 16,3 |
2001 | 1.674.522 | 94.055 | 17,8 |
2002 | 1.633.790 | 91.533 | 17,8 |
2003 | 1.684.715 | 90.697 | 18,6 |
2004 | 2.124.177 | 102.082 | 20,8 |
2005 | 2.357.172 | 107.408 | 21,9 |
2006 | 2.403.680 | 106.350 | 22,6 |
2007 | 2.825.276 | 120.338 | 23,5 |
2008 | 3.050.631 | 126.777 | 24,1 |
2009 | 3.076.000 | 124.478 | 24,7 |
2010 | 3.382.143 | 137.862 | 24,5 |
2011 | 3.416.468 | 146.043 | 23,4 |
2012 | 3.387.390 | 149.543 | 22,7 |
Fonte: Anfavea |
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