Mesmo sem crescer, Brasil é o 4º mercado do mundo
— Montadoras reclamam da estagnação e já ensaiam pedido de socorro ao governo, mas todas querem um pedaço do nosso poderoso mercado.
A indústria está "preocupada". Seus dirigentes dizem que o setor automobilístico corre "risco de ociosidade" porque tem capacidade de produção projetada de seis milhões de veículos por ano e as expectativas são de uma produção de "apenas" quatro milhões.
Rogélio Golfarb, vice-presidente da Ford, disse à Folha que uma indústria saudável deve ter no máximo 20% de ociosidade e a Price Waterhouse Cooper indica que a indústria deverá atingir apenas 70% da sua capacidade produtiva em 2015.
Outra consultoria, a Boston Consulting Group, disse em 2010 que "o futuro do setor dependerá dos países do BRIC", por isso, todas as grandes montadoras construíram fábricas no Brasil, Índia e Rússia, que neste ano não deverão crescer.
Por isso a situação é avaliada como "desanimadora".
Mas espera aí: as montadoras estão reclamando do quê? Alguns veículos de comunicação alardeiam o que chamam "a primeira de queda de vendas em dez anos". Se houver queda de vendas no Brasil (com a explosão de vendas nos últimos dias não está descartado novo recorde em dezembro), será de menos de 1%. Isso não significa retração.
O Brasil, isso sim, vai MANTER um mercado vibrante e cobiçado por 49 marcas, que querem conquistar um pedacinho desse bolo de quatro milhões de consumidores. Que país oferece todo esse potencial? Poucos; três, para ser exato: China, Estados Unidos e Japão. O Brasil é o quarto maior mercado do mundo. A Índia, mesmo projetando queda de 10% em 2013, é o sexto do mundo e a Rússia, que deve cair 5%, é o sétimo.
As montadoras recorrem ao governo em busca de incentivos. Se houve erro de avaliação, se os fabricantes esperam vender cinco milhões de carros em 2014 e não vão conseguir, é culpa das consultorias contratadas pelas próprias montadoras.
Governo e consumidores é que não devem pagar a conta.
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