Começa a era do carro elétrico no Brasil
Com i3, BMW mostra que carro elétrico não precisa ser feio
Mais do que um carro excepcional, com uma tecnologia de ponta e limpo, o i3, que a BMW apresentou na semana passada marca o início de fato das vendas de carro elétrico no Brasil.
Pela primeira vez desde o sonho de João Conrado do Amaral Gurgel (justiça seja feita), que chegou a estabelecer uma rede de abastecimento em Rio Claro para atender o pequeno Gurgel Elétrico, o brasileiro poderá ir até a com cessionária e sair rodando com um carro alimentado com energia elétrica. Os demais elétricos, como o Leaf da Nissan, rodam apenas em projetos experimentais, não estão disponíveis ao público.
Para Arturo Piñero, presidente da BMW do Brasil, o lançamento do i3 é uma imposição do mundo moderno, "cada vez mais exigente em relação à mobilidade e que está se adaptando às necessidades ambientais". Ele disse que, atualmente, a preocupação com o meio ambiente está entre as cinco maiores razões de compra do consumidor.
Lançado no ano passado nos Estados Unidos e no Japão, o elétrico da BMW vendeu seis mil unidades só no primeiro semestre deste ano e a expectativa é de que pelo menos 100 deles estejam rodando nas cidades brasileiras até o fim do ano. Para isso a empresa vai distribuir esse primeiro lote destinado ao Brasil em concessionárias de oito cidades: São Paulo, Rio, Salvador, Belo Horizonte, Curitiba, Brasília, Recife e Joinville.
O carro chega em duas versões, sendo uma delas equipada com o extensor de autonomia e vai custar R$ 236 mil. O preço da outra versão é R$ 226 mil.
A empresa destaca que o i3 não é um carro transformado para rodar com eletricidade e sim um carro desenvolvido desde o primeiro momento para ser um legítimo elétrico. De fato, o i3 tem mais essa vantagem em relação a elétricos que não se assemelham com um carro "comum": míni carros, veículos de três rodas, com banco para montar em vez de assentos normais. O BMW i3 tem aparência de um carro normal a combustão, embora traga diferenciais importante e sofisticados em relação aos demais carros da marca.
A tentativa de fazer o i3 ter a mesma aparência de um carro à combustão talvez tenha como objetivo reduzir o impacto que uma mudança tão drástica provoca no consumidor. Nessa linha, faltou à empresa inventar um barulho para eliminar o silêncio do motor elétrico, item que muita gente considera necessário por questões de segurança. Não acho. É muito melhor você viver sem poluição sonora: com coisas boas a gente acostuma mais facilmente. Mas a aparência foi mantida: o carro tem até a grade dianteira, uma grade falsa, é verdade, porque o motor elétrico não precisa de refrigeração. Mas dá pra imaginar um BMW sem a grade dianteira, um ícone da marca?
O carro tem uma nova arquitetura, produzida com fibra de carbono e alumínio, usa fibras orgânicas na construção e o seu coração é a bateria e não o motor. Tem luz de led, faixa preta no capô, teto e traseira e não tem coluna B, nem eixo cardã, o que aumenta o espaço e o conforto dos passageiros porque elimina o túnel central. A bateria é estendida sob o assoalho do carro.
Além do motor elétrico o i3 tem um motor à combustão que gera um extensor de autonomia
O motor de 647cc de 2cilindros tem 34 cavalos de potência e é usado para mandar energia para a bateria, que alimenta o motor principal com 170 cavalos de potência. O motor a combustão só serve para gerar energia para a bateria, por isso não se deve somar a potência dos dois, E ele sozinho não serve para movimentar o carro. Sua função é aumenta a autonomia
A recarga padrão das baterias leva 16 horas na corrente de 110 volts e 8 horas na corrente 220v. A recarga rápida leva de três a cinco horas e o custo de rodagem é de R$ 7,00 para cada 160 km.
Bem equipado, o carro vem com seis airbags, assistente anti-colisão, controle de estabilidade e de tração, equipamento de o e teto solar. E já nasce conectado. Segundo a direção da montadora, o i3 é o carro mais conectado do mundo. Basta ligar o motor que ele está 100% ligado com o mundo.
A experiência de dirigir o i3 é única. Eu já tinha tido a oportunidade de experimentar o carro durante a apresentação na Rio + 20, em 2012 no Rio de Janeiro, mas tratava-se de um protótipo. O carro pronto eu senti agora. Em relação á conectividade, uma surpresa: ao ligar o motor uma pessoa entra em contato com o motorista se dispondo a oferecendo qualquer informação que você necessita, num atendimento direto da Espanha, mas em português: localização de bar, restaurante, hotel, exposição, o que quiser.
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