Crise política atrapalha o mercado
– Para presidente da Cummins, instabilidade e reajuste fiscal serão os principais entraves do mercado em 2015
A Cummins, maior fabricante independente de motores do mundo, divulgou o balanço mundial do ano passado, que foi positivo, gerando crescimento de 11%. No Brasil o faturamento caiu 6% e as perspectivas para este ano não são nada animadoras. A longo prazo, porém, a empresa é otimista.
O presidente da empresa na América do Sul, Luis Afonso Pasquotto, disse que a instabilidade política no Brasil está prejudicando os negócios:
"O reajuste fiscal e a operação lava-jato são fatores que atrapalham o andamento dos negócios, mas a Cummins não é uma empresa de curto prazo e acredita na recuperação do mercado brasileiro para os próximos anos". Quer dizer, o executivo espera um 2015 complicado, mas vê um bom potencial a longo prazo.
No ano passado a empresa faturou em toda a sua operação mundial US$ 19,2 bilhões, contra US$ 17,3% no ano anterior. Deste faturamento, 46% foi do setor de motores, seguido por componentes e distribuição com 21% e a geração de energia correspondeu a 12% dos lucros.
Os principais mercados da Cummins no mundo foram os Estados Unidos e o Canadá, que corresponderam a 56% do faturamento, seguidos do Oriente Médio (15%), Ásia (9%), América do Sul e México (8%), China (8%), Índia (3%) e África (1%).
Na América do Sul, o faturamento da empresa caiu, foram US$ 1,52 bilhão no ano passado, contra US$ 1,6 em 2013.
Do valor arrecadado no continente, o Brasil representou 53%, 6% a menos na comparação com 2013: "A desaceleração econômica e a desvalorização do real foram os principais causadores da queda", disse Pasquotto.
Mesmo com a queda de faturamento no continente, alguns mercados mostraram bons resultados, como a Argentina, que apesar da crise movimentou o setor de óleo e gás a partir do xisto e no Chile, onde o setor de motores para mineração obteve crescimento expressivo.
Caio Bednarski
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