Argentina e Brasil, parceiros também na crise
Um salão fraco, esse de Buenos Aires, que é o segundo maior do continente, representando o segundo maior mercado também. O problema é que, assim como no Brasil, o setor automobilístico na Argentina passa por maus bocados.
A queda de vendas de janeiro a maio, comparada com o mesmo período do ano passado, é de 9%. Pouco em comparação com o Brasil, que já registra uma queda de 21%. Acontece que a Argentina já vem de um patamar de baixa. No ano passado as vendas caíram 35% por aqui.
O setor foi atingido em cheio pela legislação do país que sobretaxou os bens de luxo. Os carros maiores e mais equipados tiveram aumentos expressivos e as vendas caíram.
Assim, a importação também caiu (13%), prejudicando o Brasil, que é o maior fornecedor de carros para o país.
Os dois países são muito dependentes um do outro, onde muitas montadoras mantêm fábricas que complementam o portfólio dos dois mercados. A queda das exportações brasileiras é resultado da situação no país vizinho, e vice versa.
A expectativa da indústria automobilística argentina é fechar 2015 com produção de pouco mais de 500 mil carros e vendas entre 550 e 600 mil.
Muito pouco para quem já chegou perto de um milhão de unidades por ano.
Joel Leite, de Buenos Aires
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