BB e Caixa socorrem setor automobilístico

– Bancos federais anunciam medidas para incentivar a venda de veículos

Oito meses após o fim do desconto do IPI, o setor automobilístico volta a ter apoio do governo federal, através de incentivos do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, que vão facilitar a comercialização de veículos automotores e máquinas agrícolas.

O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira (19) a liberação dos recursos de investimentos para caminhões, máquinas e equipamentos agrícolas, enquanto a Caixa fez um convênio com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), o Sindicato Nacional da Indústria de autopeças (Sindipeças) e a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), para apoiar o setor automotivo: o convênio prevê ações para contribuir com o desenvolvimento do setor e sua cadeia produtiva, com a concessão de capital de giro, linhas de crédito e outros serviços para micro, médias e grandes empresas.

O programa do Banco do Brasil, chamado Esteira Agro BB e que também tem o apoio da Anfavea e da Fenabrave, tem como objetivo agilizar a liberação dos recursos de investimentos para toda a cadeia produtiva do agronegócio, que reduzirá o prazo para liberação de financiamentos em 60%.

Atualmente este tipo de financiamento leva 67 dias, mas com o novo programa levará 14. Este novo sistema de liberação dos financiamentos vai movimentar R$ 3,1 bilhões até o final de 2015.

Com esta redução, os agricultores serão beneficiados, pois eles terão em menor tempo as máquinas para trabalhar. As revendas também serão diretamente beneficiadas, pois receberão mais rapidamente o pagamento, reduzindo a necessidade de capital de giro, aumentando a disponibilidade em caixa e evitando dívidas.

O convênio anunciado pela Caixa Econômica Federal na terça-feira (18) oferece condições especiais de financiamentos para toda a cadeia produtiva.

Tais medidas devem melhorar o fluxo de caixa das empresas e fornecedores, ajudando no pagamento de contas, salários, impostos e compras. Com essa ajuda, as empresas poderão garantir o andamento dos trabalhos, além de equilibrarem seus negócios, durante o complicado momento da economia.

Essa ação da Caixa movimentará R$ 5 bilhões, que somados ao valor investido pelo Banco do Brasil, chegará a R$ 8,1 bilhões em 2015.

"Tenho a convicção de que contribuirá para o fortalecimento da cadeia de fornecedores, além de oferecer condições para a retomada da confiança, por parte dos investidores e consumidores", disse Luiz Moan, presidente da Anfavea.