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Tradição japonesa não aceita o verde no semáforo

Joel Leite

12/12/2017 16h16

No século passado, conforme o uso do carro foi se popularizando, uma série de convenções internacionais foram realizadas para traçar linhas gerais de regulamentação do trânsito, de forma que as regras fossem padronizadas.

O resultado dessa convenção é que um sinal de Pare no Brasil, Ceda El Paso na Espanha ou Stop nos Estados Unidos têm a mesma representação gráfica, de forma que um motorista de qualquer país possa entender a comunicação de trânsito.

Mas alguns países não respeitam os acordos internacionais, caso do Japão, que até 1970 baseava a regulamentação da sinalização de trânsito nos costumes milenares do seu povo.

Ainda hoje o Japão mantém o semáforo nas cores vermelha, amarela e azul no lugar do verde.
Para a cultura japonesa, o verde não existia. Eram aceitas apenas diferentes tonalidades de azul.

Faz apenas mil anos que o verde começou a se popularizar, mas o azul é ainda hoje muito mais popular, mais aceito. O verde ainda é rechaçado.

No semáforo, a cor azul está sendo substituída aos poucos pelo verde. Mas ainda é comum encontrar o semáforo com o azul nos cruzamentos das ruas de muitas cidades japonesas.

Os últimos semáforos estão incorporando tecnologia led, com um azul com tons mais esverdeados, pra fazer a mudança aos poucos e não chocar o ancestral costume da população.

Joel Silveira Leite

Joel Silveira Leite é jornalista e pós graduado em Semiótica e Meio Ambiente. Diretor da Agência AutoInforme, responde pelos sites AutoInforme e EcoInforme. Apresenta o Boletim AutoInforme nas rádios Bandeirantes, Band News e Sulamérica Trânsito. É colunista em várias publicações.

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