Fabricantes reclamam de juros: 2% na Selic e 19,5% no banco
Balanço mostra produção crescendo, mas defasagem é de 48%
A produção de veículos automotores cresceu em julho, com a retomada da produção de mais montadoras. Somente duas empresas ficaram de fora no mês, mas voltam a produzir em agosto, completando o total retorno do setor.
Saíram das linhas de montagem 179 mil unidades, ainda um número bem inferior ao registrado antes da pandemia do coronavírus: em julho do ano passado foram 267,6 mil unidades, ou seja, há uma queda de 36,2%. Em relação a junho houve aumento de 73%, mas é um resultado pouco significativo, pois naquele mês foram produzidos apenas 98,4 mil veículos.
No acumulado do ano a produção é 48,3% menor do que no período janeiro-julho do ano passado. Foram 899,6 mil unidades este ano e 1.7431,3 mil no ano passado, ou seja, 850 mil carros a menos, o que representa cerca de três meses de produção. Isso é preocupante: só em julho foram demitidos 1.100 trabalhadores da indústria automobilística.
Traçando uma perspectiva para o setor, Luiz Carlos Mores, presidente da Anfavea, associação de fabricantes, disse que a indústria prevê uma queda de 40% em relação a 2019, mas que essa previsão pode mudar conforme o andamento da crise do coronavírus.
"Imaginamos o controle da produção e a manutenção do ritmo de das montadoras a partir de setembro, mas não sabemos se essa é a perspectiva adequada. Podemos revisar essa análise dependendo do desenvolvimento da crise do coronavírus", disse o presidente
Luiz Carlos considerou que a taxa de juros de 19,5% cobrada pelos bancos para os financiamentos de carros, no crédito direto ao consumidor (CDC) é muito alta e inviabiliza muitas vendas. Uma taxa muito alta considerando que os juros oficiais, a taxa Selic, está hoje em apenas 2%.
Os resultados das vendas no varejo em julho foram divulgados pela Autoinforme no dia 3 de agosto (veja).
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