Demissões chegam a 4,1 mil na pandemia
Segundo os fabricantes, a maioria das demissões foi por término de contratos ou acordos
A indústria automobilística eliminou mais 700 postos de trabalho em agosto, somando 4,1 mil durante o período da pandemia, que começou em março com queda da produção e das vendas.
O fundo do poço ocorreu em abril, quando as vendas despencaram a 47,4 mil unidades (gráfico 1) e a produção caiu a praticamente zero (gráfico 2).
As vendas vêm se recuperando, com um volume importante de 165,5 mil unidades em agosto.
"Todos os fabricantes estão usando instrumentos para proteger o emprego nesse momento de pandemia, tentando manter o quadro, principalmente por causa da qualidade da nossa mão de obra", disse o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes, lembrando que a maior parte das demissões ocorreu pelo término de contratos temporários que não forma renovados, acordos entre as partes e adiantamento de aposentadorias.
O dirigente, no entanto, alertou que considera inevitável mais demissões num futuro próximo, considerando as condições do mercado interno. Mas avalia que também a queda nas exportações vai afetar a mão de obra no Brasil, uma vez os principais compradores da indústria – países da América do Sul – estão passando por grandes dificuldades por causa da pandemia de coronavírus.
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